Em Mateus 7.24-29 e Lucas 6.43-49, uma grande multidão era atraída a Cristo pela sua mensagem e seus milagres. Nesse momento histórico e dispensacional, Jesus expressou a necessidade dos fariseus, escribas, saduceus, herodianos e a nação serem justos por fora e por dentro, como esboçados nos oito ditames morais da Lei, no Sermão do Monte (Mt 5.1-17). A parábola dos Dois Alicerces é aplicada à vida individual do crente, em cuidar como edificar sua obra e sua fé sobre o ouro, a prata e a pedra preciosa; e jamais sobre a areia, a madeira, o feno ou a palha! Estas não subsistirão ao julgamento do Tribunal de Cristo! Jesus apresentou numa símile, mostrando que era necessário a nação edificar a sua vida espiritual em algo seguro, firme e indestrutível; não somente nesse tempo presente, como no século futuro. Ele, com a habilidade de Mestre divino, apresentou com muito amor por eles, a parábola dos Dois Alicerces! Como acostumados a construírem casas sob as encostas, sabiam que elas resistiriam ou não, quando submetidas as intempéries da vida e do tempo, se não estivessem sido fundadas em área rochosa. Sabiam eles, como construtores, que vindo o primeiro vendaval, enchente ou tormenta, essa casa subsistiria ao impacto. Portanto, Jesus referindo-se aos fariseus, indaga que casa suportaria aos embates? A casa do vizinho, construída com muito labor e cuidado sobre a rocha, ou a sua própria, que por comodidade do tempo, egoísmo, trabalho e custos finais, fora construída sobre a areia? A rocha aqui é representada como a Palavra de Deus ensinada por Cristo — “Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo". (1 Co 3.11). A areia, ou fragmentos de rocha, é aqui tipificada como os ensinos politicamente corretos dos fariseus, tendo a Lei como pano de fundo à sua própria conveniência, e a instalação da religião como meio de alcançar o Reino e a vida eterna. Ora, se Deus, pela sua infinita misericórdia, não tivesse disposto a sua Graça redentora a todo o mundo, o Julgamento Final das nações já deveria ter acontecido aproximadamente há sete anos depois da ascensão de Cristo. Portanto, o Julgamento Final, no término das útimas sete semanas proféticas de Daniel, ou os últimos sete anos sob a liderança global do anticristo — a Grande Tribulação testará quem edificou a sua vida espiritual na rocha ou na areia: "E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; e todas as nações [indivíduos] serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas; e porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda" (Mt 25.31-33). Os que edificarem sobre a rocha — sobre os ensinos de Jesus, adentrarão no Reino Messiânico, para o gozo de mil anos ["Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre"] de paz e prosperidade. Os que, infelizmente, edificarem sua fé na areia — sobre os ensinos da religião, ruirão, e grande será a sua queda, com destino final e imediato à perdição eterna, no inferno! O consolo para a igreja de Cristo será que, tanto ela como "uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas", não passarão pelo Julgamento Final, nem muito menos pelo Juízo Final — o Trono Branco, pois “portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito” (Rm 8.1); "e esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dentre os mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura" (1 Ts 1.10); "Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo, que morreu por nós, para que, quer vigiemos [vivos], quer durmamos [mortos], vivamos juntamente [estado permanente da igreja] com ele" (1 Ts 5.9)!
A Teologia Teísta ensina que Deus é um ser transcendente, pessoal e eterno, o qual possui atributos morais e naturais, e que é o Criador e Sustentador de tudo o que criou. Quando estudamos sobre Deus, deparamos com cinco tipos de crenças: o Monoteísmo — crença na existência de um só Deus; o Politeísmo — crença na existência de muitos deuses; o Henoteísmo — crença na existência de um Deus, mas que não nega a existência de outros; o Panteísmo — crença que tudo é Deus, e Deus é tudo; e o Ateísmo — crença na inexistência de Deus. Sendo assim, uma das maiores distinções entre o Cristianismo e as outras religiões e seitas do mundo é o Monoteísmo. Os povos dos tempos bíblicos eram denominados de pagãos por adorarem a um ou a vários deuses que não era Deus Jeová, do qual a Bíblia testifica. O termo gentios foi mais tarde associado com estes povos pagãos. Muitos destes deuses tiveram sua origem em determinados países ou regiões, tornando-se símbolos nacionais (Baal, Dagom, Moloque). Assim como Israel usava as terminações el — como em Ezequiel — para representar a Jeová ao nomear seus filhos, os pagãos davam os nomes de seus deuses. Os quatro jovens israelitas tiveram seus nomes mudados ao chegar em Babilônia: Daniel (Deus é meu juiz) para Beltessazar (Bel proteja o rei); Hananias (Dádiva de Jeová) para Sadraque (decreto do deus lua); Misael (Lugar alto ou Quem é como Deus) para Mesaque (Ágil ou Quem é o deus Aku?); e Azarias (Jeová é guardador) para Abednego (Servo do deus Nego). Os deuses do mundo do Novo Testamento eram formados do panteão greco-romano. Éfeso era a cidade que hospedava o grande templo da deusa Diana (Ártemis). Após o impacto da pregação do Evangelho por Paulo, os ourives daquela cidade passaram um espaço de quase duas horas gritando: “Grande é a Diana dos Efésios." (At 19). Em Listra, após a cura de um homem leso dos pés, as pessoas saíram ao encontro de Paulo e Barnabé para oferecer-lhes sacrifícios, pois diziam: “Fizeram-se os deuses semelhantes aos homens, e desceram até nós. E chamavam Júpiter a Barnabé, e Mercúrio a Paulo” (At 14). A Lei do Senhor exigia que Israel adorasse apenas ao Senhor Deus Adonai. Esse mandamento é o fundamento da vida em Israel, a base de toda a Lei. Até hoje, a recitação diária do povo três vezes ao dia é: “Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR” (Dt 6.4). O primeiro mandamento vai além da proibição à idolatria; ele é contra o politeísmo. Ele abrange a singularidade e a exclusividade de Deus. Ainda hoje, nos países especialmente onde o Hinduísmo, Budismo e Animismo operam, vemos a destruição espiritual e material causada pela idolatria. Mães afogam seus filhos nos rios, crianças e jovens são oferecidas em sacrifícios, corpos são dilacerados e queimados, povos vivem na miséria e na fome, tudo em troca de agradar um deus. O Deus vivo e verdadeiro, eterno e imutável, cuja sabedoria e domínio estende-se nos céus, na terra e debaixo da terra, é, acima de tudo, um Deus de amor e de misericórdia para aqueles que o buscam, porém de justiça para aqueles que o rejeitam. O Judaísmo e o Cristianismo praticantes são os únicos grupos monoteístas que adoram e reconhecem apenas o Senhor Deus — Adonai! Os demais grupos são pagãos porque adoram, veneram, prestam cultos a mais de um deus! A Ele, Deus Elohim, seja a glória, a honra, o poder, o louvor, exaltação e majestade para todo sempre!